domingo, 27 de janeiro de 2013

INOVAR PARA (TRANS)FORMAR


                Em  um tempo remoto, distante, mas não tão longínquo assim, as crianças iam para a escola, motivadas, ávidas pelo conhecimento, desejosas de aprender, interessadas pelo saber. A escola era o espaço mais apropriado e quiçá, o único  que lhes proporcionava o desvendar de um mundo repleto de mistérios e saberes que somente ela, a escola seria capaz de mostrar.

                A acessibilidade ao saber era oferecida pelos professores aos alunos de uma forma simples, auxiliada pelos parcos recursos: quadro, giz e mimeógrafo, não sem esquecer do próprio saber detido pelo mestre que o repassava aos alunos através da aula expositiva. Os alunos aprendiam? Arrisco uma resposta, sim, pois basta reportarmo-nos ao tempo e vermos por nós mesmos, como os conhecimentos básicos adquiridos se consolidaram e serviram para que pudéssemos agregá-los aos novos e assim dar seguimento ao infindável processo do conhecimento.

                   E hoje, como andam as nossas escolas? Aquelas em que as nossas crianças e jovens, a geração z ( que possui um domínio acima da média da tecnologia) frequentam? Como estão equipadas para receber esta geração e como os professores lidam com todo este aparato tecnológico?

                     Com certeza, aquela motivação escolar percebida nos alunos do passado não é a mesma dos alunos de hoje. Estes vivem um tempo cada vez mais mergulhados no mundo tecnológico onde o computador , smartphone, tablets, celulares e as navegações pelas redes sociais tornaram-se indispensáveis ao lazer, ao estudo, à pesquisa, à comunicação, ao relacionamento e por que não dizer à sobrevivência?

                        Estas gerações que nasceram na era tecnológica, não estão mais encontrando na escola,  como as gerações anteriores, aquele ambiente motivador e construtor do saber, pois para eles o dinamismo e o imediatismo são a regra.

                         As escolas precisam, senão logo, gradativamente ir inovando seus recursos instrucionais, buscando equipar seu espaço com novas tecnologias e oportunizar aos educadores formação continuada para que possam manusear e operar com excelência esses novos equipamentos.

                            O grande  desafio, hoje, é desenvolver novas competências utilizando as novas tecnologias ou então fazer melhor uso  dos equipamentos que já existem nas instituições, pois de nada servirá ter um laboratório bem equipado se não for adequadamente utilizado  para a melhoria da qualidade de ensino.

                              Nossas escolas precisam ser atraentes frente a esse novo momento; gestores, professores, funcionários precisam aprender a aprender para enfrentar os desafios que a era tecnológica exige. Não basta apenas equipar é necessário o interesse em quebrar paradigmas e agir de forma a usar as ferramentas com eficiência de acordo com as exigências do novo século. E isto é uma verdade incontestável, é realidade, temos que correr atrás objetivando um ensinoaprendizagem mais eficaz, moderno e motivador, caso contrário qualquer ação será obsoleta e sem significado.

                                 As escolas precisam, no mínimo, dispor dos recursos que o aluno tem em casa para poder competir igualitariamente e assim transformar a informação que o estudante  trás em conhecimento científico.                               

                              Mudanças de paradigmas devem acontecer para que nossos educandos voltem-se para a escola com um novo olhar e percebam que a educação acadêmica é a que lhes confere o saber sistemático e legitima a continuidade dos estudos e o exercício de uma profissão, portanto esta deve ser a principal motivação que somada à novas ferramentas darão suporte para tornarem-se cidadãos do futuro.
                                                                                  Cláudia Tesser - Professora

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