Em um tempo remoto, distante, mas não tão
longínquo assim, as crianças iam para a escola, motivadas, ávidas pelo
conhecimento, desejosas de aprender, interessadas pelo saber. A escola era o
espaço mais apropriado e quiçá, o único
que lhes proporcionava o desvendar de um mundo repleto de mistérios e
saberes que somente ela, a escola seria capaz de mostrar.
A acessibilidade ao saber era
oferecida pelos professores aos alunos de uma forma simples, auxiliada pelos
parcos recursos: quadro, giz e mimeógrafo, não sem esquecer do próprio saber
detido pelo mestre que o repassava aos alunos através da aula expositiva. Os
alunos aprendiam? Arrisco uma resposta, sim, pois basta reportarmo-nos ao tempo
e vermos por nós mesmos, como os conhecimentos básicos adquiridos se
consolidaram e serviram para que pudéssemos agregá-los aos novos e assim dar
seguimento ao infindável processo do conhecimento.
E hoje, como andam as nossas
escolas? Aquelas em que as nossas crianças e jovens, a geração z ( que possui
um domínio acima da média da tecnologia) frequentam? Como estão equipadas para
receber esta geração e como os professores lidam com todo este aparato
tecnológico?
Com certeza, aquela
motivação escolar percebida nos alunos do passado não é a mesma dos alunos de
hoje. Estes vivem um tempo cada vez mais mergulhados no mundo tecnológico onde
o computador , smartphone, tablets, celulares e as navegações pelas redes
sociais tornaram-se indispensáveis ao lazer, ao estudo, à pesquisa, à
comunicação, ao relacionamento e por que não dizer à sobrevivência?
Estas gerações que
nasceram na era tecnológica, não estão mais encontrando na escola, como as gerações anteriores, aquele ambiente
motivador e construtor do saber, pois para eles o dinamismo e o imediatismo são
a regra.
As escolas precisam,
senão logo, gradativamente ir inovando seus recursos instrucionais, buscando
equipar seu espaço com novas tecnologias e oportunizar aos educadores formação
continuada para que possam manusear e operar com excelência esses novos
equipamentos.
O grande desafio, hoje, é desenvolver novas
competências utilizando as novas tecnologias ou então fazer melhor uso dos equipamentos que já existem nas
instituições, pois de nada servirá ter um laboratório bem equipado se não for
adequadamente utilizado para a melhoria
da qualidade de ensino.
Nossas escolas
precisam ser atraentes frente a esse novo momento; gestores, professores,
funcionários precisam aprender a aprender para enfrentar os desafios que a era
tecnológica exige. Não basta apenas equipar é necessário o interesse em quebrar
paradigmas e agir de forma a usar as ferramentas com eficiência de acordo com
as exigências do novo século. E isto é uma verdade incontestável, é realidade,
temos que correr atrás objetivando um ensinoaprendizagem mais eficaz, moderno e
motivador, caso contrário qualquer ação será obsoleta e sem significado.
As escolas
precisam, no mínimo, dispor dos recursos que o aluno tem em casa para poder
competir igualitariamente e assim transformar a informação que o estudante trás em conhecimento científico.
Mudanças de
paradigmas devem acontecer para que nossos educandos voltem-se para a escola
com um novo olhar e percebam que a educação acadêmica é a que lhes confere o
saber sistemático e legitima a continuidade dos estudos e o exercício de uma
profissão, portanto esta deve ser a principal motivação que somada à novas
ferramentas darão suporte para tornarem-se cidadãos do futuro.
Cláudia
Tesser - Professora
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